Sêmen - Terceira Parte - Poder
II
Conciliador era assim! Deram-lhe o nome Conciliador a pensarem que ele poderia ser a voz do tempo de dialogar, de respeitar, de ‘paidear’, educar para uma vida mais justa. Seus pais eram esperançosos nesse seu destino de não manipular o destino, nesse imprevisto que é negociar. Conciliador descobriu então que deveria chamar-se Litígio, posto que a conversa era sempre truncada, e ninguém conseguia levá-la ao extremo do caminho sem fim, porque o caminho é o saber fazer na caminhada, e a verdade a virtude mais temporária que existe. (Keila)
Conciliação é arma usada em senso comum no mundo democrático, ou assim dito. Conceito ilusório, sistematicamente dominando rebanhos em nome de um pretenso sistema social, aberto até certo ponto para causar a sensação de liberdade de que somos, basicamente, vítimas. Exercer o poder em uma democracia ou em uma ditadura aberta e declarada pouco muda. Mudam os métodos. Mudam as tessituras. A forma de violência. Menos física na democracia, mas não menos imbecilizante. Basta ligar a TV... (Fabiano)
Jogo de xadrez é o diálogo. Tua autoridade pode comandar vidas, teu estilo, tua escrita. Tens pendência alguma com alguém? Aproveita teu perfume, o direito de mandar noutro e não o curre, somente esta noite. E amanhã pense novamente, não o curre por querer apreciar o poder; egoístas anônimos que usam artimanhas para seduzir. Anônimas. Harmonizar o que diante da cusparada pelas costas? Litígio, procuras uma disputa qualquer; prefiro meus dedos a profanar a beleza infiel da mulher de outrem. (Eliéser)
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir