domingo, 21 de agosto de 2011

Sêmen - Terceira Parte (Poder) - Cap. IV

Sêmen - Terceira Parte - Poder

IV

E todo o movimento de humano com humano ficou ação impensada, irrefletida no outro, de tanto querer a si narcisísticamente. E todo esse hedonismo veio em superficiais sentidos não sentidos de palavras mortas por não supor o outro, senão a si mesmo como a guerrear; barbárie de manter os domínios, os territórios mais subterrâneos. Hoje o que se quer é manter o abismo, como a esconder o que de si cai, insustentáveis gavetas de Dali, relógios a derreter, em tempos e espaços perdidos, fragmentos. (Keila)

A conquista do outro é motivada pelo simples dominar, egolatria sem pudores. Debaixo de tapetes vermelhos, esfalfados os modos e qualquer resquício de senso ético. Determinação destrutiva, a inviabilidade de evolução através da cooperação. Não se esquiva de ver o Outro em frangalhos, desde que haja a possibilidade de se locupletar. A medida do poder é a ordem social em que se encontra este ou aquele. Personalidades esquizóides se destacam pela falta de sensibilidade e empatia, palavras não dicionarizadas em seu mundo feito de Ego e Materialidade. É a Morte dos Sentidos e a Vitória da Superficialidade. (Fabiano)

Cuspo no pó da mobília do mundo por meu ideal. Não me consuma ó tempo de vida, não me envolva neste pesar. Eu desvelo o seio da musa, o abraço do amigo longínquo e abro o vinho fraterno ao refletir sobre minhas mãos apoderando-se de mim mesmo. Quem cuspiria na própria face? Aprovaria própria prisão? Deixaria sua liberdade de lado para ajudar os famintos? Disseste algo assim: “ninguém!”? É o esperado no país dos bananas, pátria de chuteiras  carnavalescas, ”olímpicas”.  (Eliéser Baco)
 

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