segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sêmen - Terceira Parte (Poder) - Cap. V

Sêmen - Terceira Parte - Poder

V
 
O que ele quer de mim? Nunca me foi possível definir, posto que tudo o que havia nele era saber sobre minhas expectativas dele e esse dizer incessante sobre esperar a sufocar o caminho natural de conviver. Disputa de poder? Talvez. Esse poder embrenhado naquele Reino que matou Conciliador, que emudeceu Litígio. E eu fiquei reflexo irrefletido, sentido de não saber amar e ser amado, que todo poder consome o amor. (Keila)

Suprema humilhação o ficar abaixo do Outro. A convivência entre dominador e dominado é fácil e tranquila, posto que não há rivalidade. Mas se torna insuportável quando existe luta pelo poder interno. Paixões desenfreadas costumam ser motivadas por disputas psicológicas torturantes e que podem desencadear crimes e sofrimento infinito, quando ninguém cede. Num círculo vicioso de ranço e sexo, a roda da vida gira velozmente rumo a mais completa destruição moral, quando nada mais faz sentido. (Fabiano)

Republiqueta vil, o melhor  é rimar teu nome com alguma cortesã, meretriz Brasil. Alcance ideal público e será honorável diva, semideus, capa da revista de faces onde escorre de tudo, até o sêmen do artístico produtor,  reprodutor, co-cô-produtor. Gaste tuas moedas com os nobres televisivos, todos emotivos com seus métodos corretivos de abusar de inteligências, maledicências e ânus tempestivos. Amarre minha língua, meus dedos, minhas mãos de nada poéticas, Reino Espetaculoso e Frio; calará assim meu caos deduzido tão fartamente. (Eliéser) 

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